Segundo a revista negócios Exitem empresas lucrando com a pandemia e muita chegarão a ampliar seus lucros e se dar bem com toda essa onda de corona vírus.

A crise do novo coronavírus afetou muitas empresas, mas, por outro lado, empresas do setor farmacêutico, varejo online e tecnologia tiveram crescimento em seu valor de mercado. O motivo se deve a corrida para o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, o crescimento de empresas que adotaram o home office e o aumento das vendas por meio do e-commerce. Confira as dez companhias que mais cresceram:

1. Amazon

A gigante varejista aumentou o seu valor de mercado em US$ 401,1 bilhões (R$ 2 trilhões). Dutante a pandemia, a Amazon se tornou essencial para as pessoas que queriam produtos indispensáveis para a sobrevivência. No entanto, embora a companhia tenha registrado receita recorde, também teve custos de US$ 4 bilhões (R$ 20 bilhões) em itens e tecnologias para proteger os funcionários da contaminação da covid-19. Os gastos potencialmente empurraram a empresa para sua primeira perda trimestral desde 2015. Mas, ainda assim, a mudança acelerada para as compras online e a crescente importância de seus produtos e os negócios de computação em nuvem na era do trabalho remoto levaram as ações da Amazon aos níveis mais altos de todos os tempos.

2. Microsoft

Microsoft ganhou em valorização de mercado US$ 269,9 bilhões (R$ 1,4 trilhão). Um dos principais motivos que fizeram a empresa ganhar em capitalização foi o aumento no número de usuários do aplicativo de videoconferência Teams. No ano passado, a ferramenta fechou 2019 com 20 milhões de acessos; este ano, em apenas um dia do mês de abril, cerca de 20 milhões de pessoas acessaram a plataforma.

Outro quesito foi a mudança da Satya Nadella, que posicionou seu foco estratégico para o armazenamento de dados na nuvem com o Azure — que se tornou importante na base digital de muitas empresas. Além disso, mias de 90 milhões de pessoas jogaram Xbox Live em abril.

3. Apple

A Apple ganhou US$ 219,1 bilhões (R$ 1,1 trilhão) em valor de mercado. A fabricante do iPhone conseguiu arrecadar US$ 58,3 bilhões (R$ 305 bilhões) em receita no trimestre de março, apesar de fechar todas as suas lojas de varejo. Enquanto todas as 500 lojas da Apple em todo o mundo fora forçadas a fechar, as receitas no primeiro trimestre foram resistentes graças às vendas online. A empresa lançou um novo iPhone, iMac e MacBook Air, atraindo mais usuários para um ecossistema em constante expansão de dispositivos e serviços. Os executivos da Apple previram que as vendas de alguns itens chegariam a acelerar, já que milhões de consumidores que trabalham em casa optariam por atualizar seus eletrônicos. Os investidores coroaram a Apple como a primeira empresa de US$ 1,5 bilhão (7,5 bilhões).

4. Tesla

O valor de mercado adicionado para a Tesla durante a pandemia do novo coronavírus foi de US$ 108,4 bilhões (R$ 567 bilhões). O principal motivo foi o lançamento do mais recente modelo S da Tesla, destacando sua liderança tecnológica. Líder em tecnologia de carros movidos a bateria, a Tesla está superando os concorrentes mais antigos. Elon Musk, CEO e fundador da empresa, promete reduzir o modelo de carros próprios com frotas de robôs-eixo autônomos que cobrariam por quilômetro.

5. Tencent

US$ 93 bilhões (R$ 486 bilhões) foi o valor de mercado que a Tencent cresceu. No primeiro trimestre do ano, as receitas de jogos online aumentaram 31%. Os números de assinantes de vídeo da Tencent aumentaram para 112 milhões, seus streamers de música saltaram para 43 milhões e os usuários mensais de seu aplicativo de mídia social WeChat atingiu 1,2 bilhão. Em uma onda de gastos globais, a empresa explorou as quedas de valor: recentemente adquiriu a desenvolvedora norueguesa de jogos Funcom, tomou uma participação na desenvolvedora alemã Yager e investiu capital em uma série de startups de tecnologia financeira.

6. Facebook

O Facebook cresceu US$ 85,7 bilhões (R$ 448 bilhões) em valor de mercado. O motivo se deve ao crescimento no primeiro trimestre de 39% das impressões de publicidade. Além disso, cerca de 2,6 bilhões de usuários ficaram mais tempo online na plataforma. A empresa também lançou novos recursos, como videoconferência e o Facebook Shops.

7. Nvidia

 As horas gastas em videogames nas plataformas da Nvidia, produtora de placas de vídeo, aumentaram 50% durante a pandemia do novo coronavírus. O resultado fez a empresa ganhar US$ 83,3 bilhões (R$ 435 bilhões) em valor de mercado.

As placas Nvidia se tornaram um dos pilares dos videogames e dos sistemas de aprendizado de jogos. As vendas para o setor de jogos foram prejudicadas pelo fechamento de cibercafés, na China. Além disso, a indústria automotiva, um grande cliente, sofreu um colapso nas vendas. Mas os negócios da empresa foram compensados pelo crescimento do comércio eletrônico na venda de novas placas gráficas, juntamente com uma mudança para os jogos online.

8. Alphabet

A Alphabet, holding controladora do Google, ganhou US$ 68,1 bilhões (R$ 357 bilhões) em valor de mercado. Mesmo com o colapso da publicidade online no final de março, a receita do YouTube ainda estava crescendo quase 10%. Setores como viagens e serviços locais podem ter diminuído, mas em outras áreas o Google — que fornece praticamente toda a receita da Alphabet — informou que a demanda está se mantendo melhor do que o esperado. A plataforma de computação em nuvem do Google, o aplicativo Meet e a loja de aplicativos Google Play se beneficiaram da mudança de trabalho e entretenimento online.

9. PayPal

O pioneiro dos pagamentos online encontrou maior relevância na pandemia do novo coronavírus lançando novos recursos para os comerciantes lidarem com pagamentos sem contato em lojas físicas. Somente em abril, a empresa ganhou 7,4 milhões novos usuários. O que fez US$ 65,4 bilhões (R$ 343 bilhões) ser adicionado no valor de mercado da empresa.

10. T-Mobile

A T-Mobile, empresa de telefonia móvel dos Estados Unidos, ganhou US$ 59,7 bilhões (R$ 313 bilhões) de valor de mercado. O principal motivo foi o crescimento de 452 mil novos assinantes de telefonia pós-pago no primeiro trimestre.